A imigração no Brasil deixou fortes marcas na demografia, cultura e economia do país.Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.
Antes de 1870, dificilmente o número de imigrantes excedia a duas ou três mil pessoas por ano. A imigração cresceu primeiro pressionada pelo fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, depois pela expansão da economia, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo.
Contando de 1872 (ano do primeiro censo) até o ano 2000, chegaram cerca de 6 milhões de imigrantes ao Brasil.Desse modo, os movimentos imigratórios no Brasil podem ser divididos em seis etapas:
Necessidade de emigração no Japão
O Japão estava superpovoado no século XX. O país tinha ficado isolado do Mundo durante os 265 anos do período Edo (Xogunato Tokugawa), sem guerras, epidemias trazidas do exterior ou emigração. Com as técnicas agrícolas da época, o Japão produzia apenas o alimento que consumia, sem praticamente formação de estoques para períodos difíceis. Qualquer quebra de safra agrícola causava fome generalizada1 .
O fim do Xogunato Tokugawa deu espaço para um intenso projeto de modernização e abertura para o exterior durante a era Meiji. Apesar da reforma agrária, a mecanização da agricultura desempregou milhares de camponeses. Outros milhares de pequenos camponeses ficaram endividados ou perderam suas terras por não poder pagar os altos impostos, que, na era Meiji, passaram a ser cobrados em dinheiro, enquanto antes eram cobrados em espécie (parte da produção agrícola).
Os camponeses sem terra foram para as principais cidades, que ficaram saturadas. As oportunidades de emprego tornaram-se cada vez mais raras, formando uma massa de trabalhadores miseráveis.
A política emigratória colocada em prática pelo governo japonês tinha como principal objetivo aliviar as tensões sociais devido à escassez de terras cultiváveis e endividamento dos trabalhadores rurais, permitindo assim a implementação de projetos de modernização.2
A partir da década de 1880, o Japão incentivou a emigração de seus habitantes por meio de contratos com outros governos.3 Antes do Brasil, já havia emigração de japoneses para os Estados Unidos (principalmente Havaí), Peru e México. No início do século XX, também houve grandes fluxos de emigração japonesa para colonizar os territórios recém-conquistados da Coreia e Taiwan. Somente no Brasil e Estados Unidos se formaram grandes colônias de descendentes de japoneses. Praticamente todos os imigrantes que formaram grandes colônias na Coreia e Taiwan retornaram ao Japãodepois do fim da Segunda Guerra Mundial.
Imigração Espanhola
Tendo inico na década de 1880, a imigração espanhola aconteceu devido a pobreza e o desemprego no campo. Apesar da presença desse povo em terras brasileiras desde o início da colonização do país, só se pode falar de uma efetiva imigração de espanhóis para o Brasil a partir do final do século XIX.
A partir dai, ocorria o desenvolvimento da tecnologia naval. Milhares de pessoas saíram da Europa em busca de melhores condições de vida nas Américas. No caso dos espanhóis, a maioria tinha como objetivo ir para suas colônias ou ex-colônias, pelos laços históricos e culturais que possuiam e, assim, os destinos mais cobiçados pelos imigrantes espanhóis eram a Argentina, o Uruguai e Cuba. Porém, alguns desses países hispânicos passaram a enfrentar problemas financeiros e deixaram de ser um destino atrativo para os imigrantes da Espanha.
O Brasil chamava a atenção de imigrantes principalmente pelas colheitas de café que se expandiam largamente pelo país. A riqueza gerada pela cafeicultura passou a atrair milhares de espanhóis para o país.
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